quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Novas Lutas no Ano de 2012

Por que Lutar ?

Joyce Rebelo*

     O ano de 2012 se inicia com perspectivas de muitas lutas em diversas esferas em que os trabalhadores e a juventude buscam revigorar toda sua força para continuar na trincheira de uma luta que parece não ter fim por dias melhores, onde homens e mulheres, de fato, reinvindicam o mínimo de direito constitucional, para que assim possam viver um vida menos sofrida e dolorida, principalmente para os que vivem à margem da sociedade, os excluídos do sistema em detrimento da expansão do mercado que explora a mão de obra e retém a mais-valia do trabalhador.
   O debate da divisão territorial trouxe à tona não somente novos olhares para cidades e lugarejos esquecidos pelo poder público do Estado, como também tentou jogar trabalhador contra trabalhador. Percebemos que todos os discursos não desembocavam na distribuição da riqueza que através de séculos e milênios continuam nas mãos de oligarquias, grandes fazendeiros, mega empresários e grandes bandidos do colarinho branco. Com este debate a sociedade precisa medir e analisar bem o que significa a emancipação dos povos, pois essa liberdade não perpassa somente pelos cofres públicos, mas com um corte decisivo que ela mesma pode dar a este embrenhado, pois a emancipação dos trabalhadores de diversos municípios e até do Brasil só é possível se na prática toda e qualquer servidão ser abolida e destruída, como diria Marx, a emancipação do homem só é possível quando todas as condições internas estiverem sido satisfeitas. Esta reflexão filosófica nos faz pensar que a história é sólida e por mais que se passem milênios, a exploração ganha novas formas de opressão, novos mecanismos de exploração e tortura. E onde estão o verdadeiros heróis desta história? Mortos ou vivos? E para o capital é importante ter trabalhadores unidos ou divididos?  Esse é o grande espetáculo que Marx já nos alertava: "a sociedade dividida e defrontada umas às outras com mesquinhas antipatias, má consciência e grosseira mediocridade; e que precisamente por causa de sua situação ambígua e suspeitosa, são tratadas sem excessão, embora de maneira diferentes, como existência apenas toleradas pelos senhores. E vêem-se forçadas a reconhecer e adimitir o fato de serem dominadas, governadas e possuídas, como uma dádiva do céu! Do outro lado encontram-se os próprios governantes, cuja grandeza esta em proporção inversa ao seu número!" Este arcabouço teórico nos remete a uma reflexão sensata e ao mesmo tempo assustadora frente aos desmandos e capacidade do Estado: Em enriquecer às custas do suor de milhares de trabalhadores.
     O luta diária que vivemos dia após dia, caminha relativamente com a auto-reflexão que fazemos sem nos apequenar.Por isso neste momento, tenho perseverança no meu coração que tudo pode mudar, dependendo intrinsecamente de nós mesmos. Hoje, em pelo século XXI temos o outro lado do atlântico fervendo como um turbilhão, preparando para brotar milhares de ativistas sindicais e estudantis no mundo afora. Fundam-se sindicatos de esquerda em menos de 30 min, organizam-se assembléias sindicais com 500 pessoas em média de duas horas, termina uma e inicia outra. Isso nos dá força para continuarmos a lutar aqui deste lado. A esquerda da Revolução começa aos pouco assumir seu papel na história, o seu lugar mais prestigioso da sociedade. Na América Latina, não é diferente, pois estamos prestes a um gigante que levanta os indígenas no Perú, os operários na Venezuela, os estudantes no Chile, os indígenas Tipnis na Bolívia  e no Brasil a explosão de greves em dversas esferas. Contudo, os trabalhadores seguem seu curso de continuar lutando contra governos nefastos, contra patrões, de forma que, cada momento oportuno consigamos ampliar o número de descontentes ao compasso das explosões das revoluções no mundo.

*Joyce Rebelo
É graduanda de Letras- Inglês da UFPA
Secretária Geral do Sintepp Sub-Sede Marabá
Membro da Direção Estadual do Psol/Pa
Membro do Conselho de Ética do DM Psol/Marabá
Ex-Presidente do DM Psol /Marabá
Ex-Presidente do CALLI( Centro Acadêmico de Inglês)

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