JOÃO SALAME DÁ ENTREVISTA AO POSTER E FALA SOBRE A EDUCAÇÃO

O pré-candidato a prefeitura de Marabá pelo PPS, deputado João Salame, conversou ontem com esse poster e concedeu entrevista na qual fala sobre as questões relacionadas à educação.

POSTER: O senhor sabe que hoje há uma grande discussão com relação aos investimentos na educação. Muitas instituições sociais reivindicam 10 % do PIB a ser investido na educação. O que o senhor pensa sobre esse assunto?

JS: Eu acho que essa equação deve ser reencontrada porque o Brasil ocupa uma posição vergonhosa na educação no mundo. Um país que pretende se desenvolver tem que ter a educação como prioridade. No Japão educação pós Segunda Guerra Mundial foi definida como prioritária. Inclusive lá é um país que tem monarquia, e, quando o rei passa os súditos tem que prestar reverencia, mas os professores foram os únicos profissionais liberados de prestar reverência ao  rei por entender que o professor era uma categoria a ser privilegiada. Então, se nós pretendemos desenvolver o Brasil a um patamar de sustentabilidade sem ter que estar importando tecnologia permanentemente é necessário que se invista em educação, ciência e tecnologia. Então essa reivindicação é absolutamente justa, e, se os profissionais entendem que a quantia adequada é 10% do PIB nós temos que persistir nisso.

POSTER: O senhor é um dos nomes mais cotados para enfrentar o Tião Miranda nas eleições municipais. Para a educação em Marabá, quais são os seus planos?

JS: Temos que compatibilizar várias coisas. Primeiro a questão democrática, temos que avançar na democratização do ensino, tenho um compromisso que no meu primeiro projeto de lei, por exemplo, iremos instituir a eleição direta para diretor  de escola, eu não consigo admitir que escola vire um feudo eleitoral de vereador, quem sabe o que é melhor para escola são os professores, os alunos e os pais, que vivem na escola. Então, esse é um compromisso que temos de democratizar a escola. O segundo compromisso, também democrático, é fortalecer os conselhos escolares, fortalecer o planejamento democrático na aplicação do dinheiro, tanto no avanço do planejamento participativo do orçamento de toda a cidade, como inclusive de forma democrática a aplicação dos recursos da educação. O terceiro aspecto é que continuar avançando na construção de novas escolas, novas salas de aula, mas, sobretudo dar qualidade a isso, tenho inclusive a meta de fazer com que todas as salas de aula sejam climatizadas até o final da minha gestão. Outra meta que eu pretendo perseguir é de criar pelo menos dez escolas de tempo integral em Marabá, para que os pais possam deixar os filhos na escola às sete horas da manhã e pegar às seis da tarde, e as crianças possam ter toda a estrutura na escola, de alimentação, de apoio psicológico, esporte, reforço escolar, por que é uma maneira da gente diminuir a quantidade de jovens que estão nas ruas, ou na mendicância, ou nas drogas. O ambiente escolar é um espaço mais saudável para que eles possam crescer e possam se desenvolver. Outro elemento que eu acho absolutamente fundamental é a gente trabalhar a questão progressão salarial do professor e da promoção por mérito para todos os profissionais da educação. E, por último a gente estabelecer uma mesa permanente de negociação do poder público com os sindicatos da categoria dos profissionais da educação, e com todos os outros sindicatos de maneira geral para que a gente possa não só repor as perdas salariais que ocorre com a inflação, mas que de maneira transparente o que mais a gente possa contribuir na reposição das perdas salariais. E, por último que essa mesa de negociação se preocupe não só com a questão salarial, mas que se preocupe em melhorar a qualidade do serviço prestado a comunidade.  Seja no ponto de vista da estruturação, seja no ponto de vista da humanização do serviço prestado ao contribuinte. É estabelecer uma relação mais harmoniosa do poder executivo com o servidor e do servidor com a população.